quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

França 1×0 Brasil, França vence de novo e mantém domínio sobre Brasil

A avaliação que poderia ser feita em um amistoso internacional de peso acabou com a tola expulsão de Hernanes após o chute no peito de Benzema perto do final do primeiro tempo.





Até aquele momento, a seleção brasileira era ligeiramente superior em Saint-Denis. Mesmo com Renato Augusto muito preso à direita e Hernanes recuando e procurando o lado esquerdo no 4-2-3-1 de Mano Menezes matando a articulação central, o time soube valorizar a posse de bola e atacar com personalidade. Na frente, Robinho aprofundou mais que o habitual se aproximando de Alexandre Pato, mas a equipe concluiu pouco.
A França de Blanc, no mesmo 4-2-3-1, demorou a descobrir o que fazer com a vantagem numérica. Mas na volta do intervalo, a seleção anfitriã encontrou o “atalho” para chegar ao gol: o forte lado direito, com Sagna, Menez e o apoio de Gourcuff para cima de André Santos e Robinho. Assim saiu o gol único de Benzema e as oportunidades mais cristalinas, todas concluídas pelo único atacante francês e defendidas por Júlio César, o grande destaque brasileiro.
A França podia ter sido mais ousada e tentado até repetir os 3 a 0 da final da Copa de 1998 no mesmo Stade de France. O Brasil ficou tonto e recuou demais, perdendo a saída de bola e isolando Pato no 4-4-1 armado por Mano.
Nas substituições, Blanc trocou sem mexer na estrutura tática. A França se aquietou e recolheu suas linhas, especialmente depois da saída de Menez, o melhor em campo. Era a chance para o Brasil avançar a marcação e arriscar mais. A entrada de Jadson no lugar do tímido Renato Augusto parecia sinalizar uma proposta mais ousada.
A troca de Robinho por Sandro, entretanto, funcionou como uma espécie de “carta de intenções” de Mano e a cautela do Brasil esfriou o jogo. Só com as entradas de André e Hulk nas vagas de Elias e Pato nos últimos minutos o time de Mano Menezes tentou atacar. Mas na única ação ofensiva bem coordenada, Jadson lançou Hulk, que adiantou a bola e deu chance para a defesa de Lloris.
Os “Bleus” podiam ter rendido mais com cenário tão favorável em seus domínios. De qualquer forma, o resultado agrega prestígio e serenidade ao bom trabalho de Blanc na reconstrução da terra arrasada por Raymond Domenech.
No Brasil, o momento é de cobrança, mas com equilíbrio. Começar um trabalho praticamente do zero com ausências importantes e diante de adversários fortes com a pesada camisa cinco vezes campeã mundial não é tão simples.
Mano Menezes tem tomado algumas decisões equivocadas na montagem da equipe e na condução do grupo (para que tantas reprovações públicas aos jogadores?). Mas não soa justo que ele pague por resultados desfavoráveis em amistosos contra seleções tradicionais e qualificadas pedidos pelo próprio treinador.

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